O REPLICADOR

Janeiro 09 2010

Ronald Reagan resumiu na perfeição o pensamento dos governos contemporâneos em relação à economia quando identificou as 3 fases comportamentais dos mesmos: se algo se move taxa-o, se se continua a mover regula-o, e quando pára de se mover subsidia-o.

 

O governo francês não é particularmente  criativo. Perante o problema do declínio da industria musical francesa o que é que faz? Subsidia-o. O que significa, em larga medida, que este sector chegou à terceira fase, ou seja, parou de se mover.

 

Segundo esta notícia, o governo francês tenciona taxar a publicidade na internet (sendo o google um dos principais visados) para subsidiar a industria musical, visto que esta está a ser “destruída” pela internet. Desta forma, a política Robin dos Bosques visa roubar os maus para dar aos bons. É justo. O que já não é tão justo é os ouvintes terem de ouvir o resultado final da música subsidiada, que é, em última instância, a principal razão do declínio. Quando a música não tem qualidade suficiente para crescer junto do público, quando não se expande e não se internacionaliza, só pode chegar a este ponto. Depois de anos de quotas na rádio para a música francesa e de proteccionismo cultural e económico nessa área, finalmente a industria pára, ou se não pára, pelo menos vai rastejando. Porém, em vez de alterar a estratégia e deixar os agentes musicais procurarem soluções para tornar a sua música mais dinâmica, o governo Francês volta às soluções dirigistas de subsidiação.

 

Quando se perguntarem porque é que o mundo consome essencialmente música anglo saxónica, não é preciso procurar muito. A resposta é simplesmente porque esta é produto do empreendedorismo musical e não de uma cultura de subsidiação. 

 

 

 

publicado por Filipe Faria às 19:38

Junho 15 2009

 Que o inferno está cheio de boas intenções, toda a gente já sabe, mas mais raramente é feito o balanço de um dos mais ilustres representante do socialismo no mundo: a França. Não se trata aqui de dar porrada em mortos, pois é sempre com muito afecto que deploro o declínio inegável do país onde nasci e cresci até os 18 anos e não faço questão de cuspir no prato onde comi, mas essas curtas viagens que faço à Paris confrontam-me cada vez mais com o óbvio: o laxismo e a crença cega na bondade do homem fizeram com que os vários governos socialistas ,que se sucederam desde 1945, encaminhassem o país para um caos cujos traços são cada vez mais nítidos. Nas ruas da cidade das luzes deparei-me com cartazes de S.O.S Racisme onde podia-se ler: “Basta de racismo! Já 30 000 imigrantes expulsos este ano!” Parece que agora chama-se racista a quem aplicar o Estado de direito, e por outro lado, ouve-se notícias surgindo de cidades onde vivem mais de 50% de muçulmanos em que foi mandado retirar uma cruz da parede de uma sala multifunções da escola e onde foi decidido por decreto municipal retirar qualquer carne de porco da ementa das cantinas locais... A verdade é que há uma verdadeira assimetria de tolerância, com o Partido Socialista a baixar as calças cada vez mais e populações imigrantes a quererem impor o seu modo de estar no mundo, incompatível com os valores da democracia e da liberdade como estão definidos na Europa.   

 

publicado por Alexandre Oliveira às 21:29

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