O REPLICADOR

Fevereiro 06 2010

 

Ao regressar a Nova Iorque, com "Whatever Works", Woody Allen regressa igualmente aos grandes filmes. Tal como na famosa cena de "Manhattan", quando eu estiver deitado no sofá a enumerar as coisas pelas quais vale a pena viver, os filmes do Woody Allen estarão bem lá em cima no topo da lista.

 

publicado por Filipe Faria às 05:44
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Dezembro 30 2009

No seu paper “Colusion, Competition and Democracy”, o cientista político Stefano Bartolini explica os benefícios da competição através da ideia da mão invisível de Adam Smith e da ordem espontânea (que sem um plano humano supera quaisquer planos concebidos pelo homem) de Friedrich von Hayek.

 

De acordo com esta visão, a competição melhora progressivamente a performance da organização onde os competidores operam. Contudo, diz algo mais interessante que consubstancia a ideia anterior. Parafraseando: o funcionamento deste milagroso mecanismo foi notado há já muito tempo na espera biológica e foi provavelmente importado de lá. Foi notado que o prazer sexual, que para o individuo é auto-justificado, é um meio através do qual a espécie assegura a sua perpetuação.

 

Tal como Woody Allen documentou em “Annie Hall”, nós podemos mentir, mas o corpo não mente.

 

“What's fascinating is that it's physical. 

You know, it's one thing about intellectuals,

they prove that you can be absolutely brilliant

and have no idea what's going on.  But on the

other hand ...

(Clears his throat)

the body doesn't lie, as-as we now know.”

 

Woody Allen

 

 

publicado por Filipe Faria às 03:21

Dezembro 27 2009

 

 

Costuma-se dizer no âmbito das relações internacionais que os seres humanos só vão ter paz entre si quando encontrarem um inimigo externo a eles, como uma invasão de alienígenas. O que a saga cinematográfica “Alien” nos vem dizer é que nem isso nos uniria numa paz kantiana. 

 

A ideia patente nos quatro filmes “Alien” é a que apesar de existir uma ameaça alienígena, os humanos continuam a ter ideias diferentes em relação à forma de lidar com o problema e continuam a olhar para a situação com vista a trazer o máximo de proveito para si mesmo em detrimento do próximo. Em última instância, numa perspectiva utilitarista, se alguém considerar que manter um alienígena mortífero vivo traz mais dividendos do que manter humanos vivos ele/ela irá fazê-lo. A saga não é inquietante por causa da destruição em massa, do sangue ou dos milhares de assassinatos, é inquietante pela mensagem que deixa: independentemente do que possa acontecer, o amor à humanidade como um todo é algo que não existe.

 

Esta mensagem parece ter na sua base a explicação do sociobiólogo Edward Wilson para a nossa falta de coesão como colectivo alargado: ao contrário das formigas, que por serem estéreis precisam de trabalhar para a mãe com um forte sentido de espécie, o facto de os humanos terem autonomia reprodutiva faz com que tendam a colocar os seus interesses genéticos à frente dos de uma colectividade de que não dependem directamente. Desprovido de sexo, “Alien” é, em última instância,  um filme sobre reprodução.

 

Em “Alien: Resurrection” (Alien 4), ao descobrir que a dedicada e caridosa rapariga interpretada por Winona Ryder é afinal um robot, Ellen Ripley (Sigourney Weaver) profere a frase que resume a lógica subjacente à saga: “No human being is that humane”.

 

publicado por Filipe Faria às 01:06

Julho 22 2009

- Quantity affects Quality!

- Says who?

- Karl Marx!

- Oh, so now we're talking about economics...

- Sex is economics!

 

In Bullets Over Broadway from Woody Allen

publicado por Alexandre Oliveira às 15:51

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