O REPLICADOR

Fevereiro 05 2010

Parece que o cancro da má economia deu mais um passo ontem. Segundo o que li nesta notícia um senhor baixo, gordo e de bigode farfalhudo virou as atenções dos monstros do capital para Portugal, uma presa fácil. Pouco mais se pode adiantar daquela notícia senão o agravamento dos empréstimos ao estado e eventualmente a sua repercussão nos investidores lusos.

Claro que a questão essencial não deveria ser “o que fizemos para merecer isto” mas sim “porque um comentário do comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros consegue precipitar a bolsa na maior queda desde a falência do Lehman Brothers”. A resposta é uma economia cujo crescimento é apenas visível à lupa e com a flexibilidade da mentalidade de um jovem da jcp. E isso é a consequência natural de uma terra com
- impostos altos
- mão-de-obra cara e inflexível
- conflitos judiciais que demoram anos a resolver
- infra-estruturas de mobilidade todas ao contrário (entretanto também parece que decidiram que o TGV só vai transportar passageiros o que faz todo o sentido até porque não existem mercadorias para exportar)
- competitividade forjada mediante subsídios que abrangem desde o “incentivo ao investimento” até ao “porque sim”.

Talvez se este fosse um país que seguisse as cartas da Maya a sorte nos fosse mais favorável, porque toda a gente sabe que os pontos que enumerei são apenas consequência do destino e de uma força incompreensível. Ou pelo menos é o que José Sócrates e Teixeira dos Santos andam a pregar pelos microfones.
Talvez esteja mas é na hora de jogar com o que sabem que é “países com leis simples, liberdade e baixos impostos atraem investimento” e parar de tentar resolver os sintomas em vez da doença. Estão a tentar baixar a febre de um doente com malária com ben-u-ron e não é preciso ser médico para saber que isso não serve para nada…

 

publicado por João Rodrigo às 11:36

A questão que ao contrário do dogma que estas pessoas aceitam sem pensar... ou não conhece o país onde vivem... ou então não vem... porque não lhes interessa. Mas qual é a dificuldade que uma empresa tem em despedir... em aumentar os horários de trabalho com o novo código do trabalho! A aumento da dispariedade entre ricos e pobre acompanha o acentuar da crise... será por acaso? E mais... se não aumentamos salários como é que o mercado interno se desenvolve?! E mais do que isto choram baba e ranho por 25€ no Salário Minimo Nacional... então e porque é que não pressionam o governo para a EDP, gasolineira naõ serem um monopolio e um cartel no segundo caso? o que as empresas poupariam daria para subir muito mais que 25€... mas isso era quebrar interesses que a podridão desta gente não tolera... Um nojo tudo isto e quem defende tudo isto.
Tiago a 5 de Fevereiro de 2010 às 15:55

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